Indústria de óleo (Produção de óleo degomado)

Bom dia,

                Nunca trabalhei diretamente no chão de fábrica de uma indústria de óleo (recebimento, preparação, extração, peletização...) mas já atuei no controle de qualidade e algumas vezes tirando férias de chefe de Dpto.
                Vou fazer uma descrição resumida das etapas do processo. Não vou consultar nenhum material, vou descrever de acordo com minhas lembranças e lógicas.
                Começamos a partir da soja seca e armazenado com 14% de umidade, e é com esta soja que a industrialização começa. Efetuar uma limpeza, retirando qualquer coisa que não seja a soja. Secar a soja até 10% de umidade +- 0,5% para que ao quebrar não forme muitos finos com a umidade baixa e não amasse com umidade muito alta. Alimentando os quebradores para quebrar a soja de 4 a 8 partes aumentando a superfície de contato. Nos separadores separa-se as cascas que devem ser armazenadas para retorno ao farelo se necessário ou venda, conforme a necessidade. Isento de cascas, agora é necessário laminar as partes de soja formando uma lâmina, nesta operação estoura as bolsas de óleos e aumenta mais a superfície de contato. A maioria das indústrias trabalham com expender que serve para aglomerar as lâminas ganhando espaço e melhorando a percolação do solvente e consequentemente uma melhor extração. O extrator trabalha com contra lavagem, ou seja a soja expandida recebe o solvente mais concentrado enquanto que já o farelo menos concentrado recebe o solvente limpo. Agora temos o produto que é a micela (óleo + solvente) e o farelo subproduto que na verdade podemos considerar como produto, pois produzido com qualidade, tem mercado garantido e preço bom. Tanto a micela quanto o farelo seguem para disolventização, o óleo em colunas de refluxos e o farelo em Dts (Disolventizador tostador), que além de retirar o solvente tem função de inibir enzima que dificulta a absorção da proteína pelo animal. O farelo agora é seco e peletizado e armazenado com uma umidade de 12,5% tendo a concentração de proteína definindo o tipo de farelo, enquanto o óleo é degomado retirando gomas solúveis em água, seco e armazenado.

                Descrição simples, esperando comentários, e correções.

Até a próxima,

Erenaldo

4 comentários:

  1. BLZ ERENALDO ? NA EMPRESA QUE EU TRABALHAVA A SOJA PASSAVA POR UM CONDICIONADOR DEPOIS QUE ERA FEITA A SEPARAÇÃO DA CASCA NAS PENEIRAS SEPARADORAS DE CASCA, NOS TRABALHAVA ENTRE 70 E 72C° DE TEMPERATURA NO CONDICIONADOR O MESMO ERA CHEIO DE TUBOS INTERNOS AONDE PASSAVA O VAPOR??? ATE MAIS UM ABRAÇO

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    1. Ola, Adriano como vai?
      Então tava lendo seu comentário, e fiquei com uma duvida você falo que na empresa que trabalhava, primeiro condicionava depois separava a casca, é isso mesmo? Quantas tonelada de soja era industrializada por dia?

      Abraços!!!

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    2. Everton, obrigado pelo seu comentário!

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  2. Muito bom receber seu comentário Adriano, vamos assim enriquecendo nossas experiências. Um abraço!

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